Clima
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Por Redação, do Um Só Planeta

Relatório preliminar da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quinta-feira (30) confirma que 2023 será o ano mais quente já registrado.

Segundo o levantamento, a diferença entre 2023 e 2016 e 2020, anos anteriormente classificados como os mais quentes da história, é tão grande que é pouco provável que os dois últimos meses, novembro e dezembro, mudem a classificação. Os dados mostram que até ao final de outubro o ano esteve cerca de 1,4ºC acima dos níveis pré-industriais (1850 1900).

“Os níveis de gases de efeito estufa são recordes. As temperaturas globais são recordes. A subida do nível do mar é recorde. O gelo marinho da Antártica está em nível recorde. É uma cacofonia ensurdecedora de recordes quebrados”, disse Petteri Taalas, o secretário-geral da OMM, em comunicado. “São mais do que apenas estatísticas. Corremos o risco de perder a corrida para salvar os nossos glaciares e controlar a subida do nível do mar. Não podemos regressar ao clima do século XX, mas devemos agir agora para limitar os riscos de um clima cada vez mais inóspito neste e nos próximos séculos.”

Em uma mensagem de vídeo que acompanha o relatório, Antonio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, insta os líderes mundiais a comprometerem-se com ações urgentes nas negociações da COP28, que começou hoje em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“Temos o roteiro para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C e evitar o pior do caos climático. Mas precisamos que os líderes deem o tiro de partida na COP28 em uma corrida para manter vivo o limite de 1,5ºC: definindo expectativas claras para a próxima ronda de planos de ação climática e comprometendo-se com as parcerias e o financiamento para torná-los possíveis; e comprometendo-se com o triplo das energias renováveis e o dobro da eficiência energética e em eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, com um prazo claro alinhado ao limite de 1,5”, indicou.

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O documento complementa que o evento de aquecimento El Niño, que surgiu durante a primavera de 2023 no Hemisfério Norte (outono no Brasil) e se desenvolveu rapidamente durante o verão (inverno por aqui), deverá alimentar ainda mais o calor em 2024.

A explicação é que o fenômeno climático natural, caracterizado pela elevação anormal da temperatura das águas do Pacífico, geralmente tem o maior impacto nas temperaturas globais após atingir o seu pico.

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