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Anatel anuncia sistema que mostra nome da empresa e motivo em chamadas

cottonbro/Pexels
Imagem: cottonbro/Pexels

De Tilt*, em São Paulo

29/04/2023 12h39Atualizada em 30/04/2023 09h15

A Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) anunciou na semana mais uma medida para dar mais transparência a chamadas. No caso, trata-se de um protocolo de identificação de chamada, na qual as pessoas veriam no visor do celular a identificação da empresa, logotipo e o motivo da ligação.

De acordo com a agência, a ideia é que fique mais fácil para o consumidor identificar empresas e decidir se tem interesse em atender a chamada ou não.

A medida também tem como objetivo permitir que o consumidor reconheça ligações que configurem comportamento abusivo — dessa forma, poderá facilmente bloqueá-las. Por outro lado, as empresas também se beneficiariam, aumentando a taxa de resposta das pessoas, uma vez que elas saberão do que se trata a chamada.

Essa autenticação poderia evitar golpes de adulteração de número. Assim, quem atendesse teria a certeza que o contato está sendo feito por uma empresa real, não um criminoso se passando, por exemplo, por uma instituição bancária ou por uma companhia telefônica.

Ainda não existe uma data exata para esse novo tipo de identificação de chamada começar a vigorar, no entanto, a agência espera que os primeiros testes sejam feitos ainda neste ano. Por parte do consumidor, não deve haver gasto adicional para esse tipo de serviço.

Outras medidas

Em anúncio, a agência informou que prorrogou para até 30 de abril de 2024 a medida cautelar que determina o bloqueio de empresas que realizam muitas ligações ou tentem contatar pessoas de forma ineficiente.

A medida abrangia apenas 26 empresas que foram identificadas com grande volume de "chamadas ineficientes". Agora, passa a valer também para prestadoras de serviço de telefonia fixa e móvel.

A Anatel considera telemarketing abusivo aquele em que empresas fazem cerca de 100 mil chamadas por dia, usando robôs que ligam automaticamente para o contato. As chamadas nem sempre são completadas: quando o consumidor atende, são interrompidas ou desligadas automaticamente em até três segundos.

De acordo com a Anatel, até o momento, 564 usuários foram bloqueados por descumprir as regras de volumetria das chamadas ou eficiência na duração e que 116 termos de compromisso foram firmados pelas empresas. As multas para quem descumprir as regras podem chegar até a R$ 50 milhões.

*Com informações da Agência Brasil