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Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Presença do Brasil na COP-28 não teria sido tão relevante sem as conquistas da Embrapa

Produtividade nas lavouras cresce exponencialmente em razão da colaboração da Embrapa, que se tornou um centro de excelência e disseminação de conhecimento e propósitos virtuosos

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Foto do author Luiz Carlos Trabuco Cappi
Atualização:

Entre os 138 países presentes na COP-28, o Brasil justifica em Dubai as expectativas de se tornar um líder global – na prática e pelo exemplo – na construção de uma economia verde. Com redução do desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica, maior uso de energia de matrizes renováveis e avanço da sustentabilidade no agronegócio, o País informou à Conferência do Clima da ONU uma redução relevante nas emissões de gases de efeito estufa.

As projeções indicam que o Brasil cumprirá suas metas até 2030, conforme definido pelo Acordo de Paris. O momento favorável para o País foi confirmado, em novembro, com a captação global de US$ 2 bilhões em títulos verdes pelo Tesouro, que já confirmou a intenção de nova emissão ano que vem.

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Há muitos agentes indutores dessa transformação, que reúnem a iniciativa privada, os governos e entes públicos. Mas é preciso ressaltar o papel central da Embrapa nesse processo de mudança. Este ano, a instituição de pesquisa agropecuária completa 50 anos. Nesse período, se notabilizou por um histórico de descobertas científicas que resultou em um salto de qualidade para a produção do campo, com impactos positivos que se espalharam a outras áreas da economia.

A Embrapa tornou-se centro de excelência e disseminação de conhecimento e propósitos virtuosos. As soluções encontradas por seus técnicos e pesquisadores indicaram como produzir mais alimentos e, ao mesmo tempo, economizar recursos naturais, preservando o meio ambiente.

De pouco mais de 500 quilos de grãos por hectare em 1971, dois anos antes da fundação da Embrapa, na atual safra de 2022/2023, a Companhia Nacional de Abastecimento calculou a produtividade brasileira em 4,1 mil quilos por hectare. Foto: ESTADAO CONTEUDO /Dida Sampaio/Arquivo

A produtividade nas lavouras cresce exponencialmente em razão da colaboração da Embrapa. De pouco mais de 500 quilos de grãos por hectare em 1971, dois anos antes da fundação da empresa, alcançamos 3 mil quilos em 2007. Na atual safra recorde de 2022/2023, a Companhia Nacional de Abastecimento calculou a produtividade brasileira em 4,1 mil quilos por hectare. Uma marca inigualável em termos globais.

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O trabalho da instituição resulta na produção de bioinsumos únicos no mundo e no desenvolvimento, neste momento, da chamada agropecuária 4.0, que apresenta maior automação e conectividade entre máquinas e equipamentos.

Com joias como a Embrapa, o agronegócio brasileiro mostra ao mundo como a atividade pode ser moderna e produzir riquezas e impulsos para a transição verde da economia. A presença do Brasil na COP-28 não teria sido tão relevante sem as conquistas científicas da Embrapa.

Opinião por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

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