O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assinou acordo com o LinkedIn para combater a disseminação de “fake news” durante as eleições. Ao todo, nove plataformas digitais já se comprometeram a colaborar com a Justiça Eleitoral. A Corte segue tentando contato com o Telegram, aplicativo de mensagens.
No mês passado, o TSE anunciou que havia fechado parcerias com o Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai. De acordo com o documento assinado, o LinkedIn se comprometeu a remover “conteúdos maliciosos”, como contas falsas e com comportamento inautêntico coordenado.
Canal de denúncias
Também disse que vai criar um canal direto para responder de maneira mais rápida a denúncias de possível violação de regras da plataforma.
A parceria do TSE com as plataformas digitais faz parte do Programa de Enfrentamento à Desinformação, iniciativa instituída em 2019 e que se tornou permanente em agosto 2021. Objetivo é combater produção e a disseminação de conteúdos falsos ou enganosos na internet e nas redes sociais durante o período eleitoral.
Desde o ano passado, o TSE tenta contato com Telegram para firmar um acordo semelhante, sem sucesso. A plataforma não tem escritório no país e não responde aos ofícios enviados pela Corte.
Bloqueios no Telegram
Por conta disso, o debate sobre um eventual banimento da plataforma do país ganhou força e fez com que o Congresso retomasse as discussões do projeto de lei para combater a disseminação de “fake news”.
No fim de semana, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçar suspender o funcionamento do Telegram no país por até 48 horas, a plataforma decidiu cumprir uma decisão judicial e bloqueou três canais ligados ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.
Em nota, o LinkedIn afirmou que o acordo fechado com o TSE faz parte do "compromisso" em manter a plataforma "segura, confiável e profissional".