Criptomoedas
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Ricardo Bomfim e Toni Sciarretta, Valor — São Paulo

O Banco Central promove nesta terça-feira (25) o Lift Day, que contou com uma apresentação dos projetos desenvolvidos no Lift Lab para integrar tecnologia blockchain no sistema financeiro tradicional. Entre os destaques, foi demonstrada a iniciativa do Itaú para operacionalizar o investimento em pools de liquidez de criptoativos e um projeto da Lovecrypto com a Celo para permitir a compra de títulos do Tesouro brasileiro com o uso de stablecoins.

Yukiko Dias, engenheira do Itaú, explicou que o banco desenvolveu uma experiência mobile para o investidor aportar tokens de pares de real e dólar (este último representado pela stablecoin USDC) em troca de uma rentabilidade para trazer liquidez a outros clientes que desejem fazer o câmbio entre a duas moedas.

“Queríamos construir um modelo de negócios viável para aqueles clientes que gostariam de rentabilizar os seus criptoativos e habilitar o swap entre esses tokens de maneira rápida, segura, transparente e de fácil acesso”, comentou.

Um dos desafios, segundo a engenheira, foi tratar do “slipagge”, um problema que ocorre no mercado cripto quando há diferença entre o preço na hora da solicitação da transação e depois na sua efetivação. “Fizemos a realização do cálculo inverso para o investidor nunca receber menos”, esclareceu. O projeto do Itaú foi desenvolvido na blockchain pública Stellar, mas, segundo Yukiko, pode ser implementado em qualquer tipo de rede, inclusive uma blockchain privada como a Hyperledger Besu, que será utilizada pelo BC para a criação dos tokens do real digital.

Outro foco da solução foi tornar a usabilidade intuitiva o bastante para o usuário que não está tão familiarizado assim com o mundo da criptoeconomia. “Tentamos abstrair para que os usuários que não entendem possam aprender. O objetivo é democratizar o acesso.”

No caso da Lovecrypto, a ideia foi gerar interoperabilidade entre o real digital e um blockchain público. O projeto foi desenvolvido em parceria com a blockchain Celo, que possui stablecoins atreladas ao real (cReal) e ao dólar (cUSD).

“Escolhemos o título do Tesouro Brasileiro tokenizado. Um cliente da Celo poderia comprar de forma atômica e programada com múltiplas stablecoins”, afirmou Edmilson Rodrigues, CEO da startup Lovecrypto.

Rodrigues comentou também que precisará ainda tratar de soluções para “conheça seu cliente” (KYC, na sigla em inglês) e prevenção à lavagem de dinheiro. “Não sabemos como vai se dar a privacidade das transações no real digital. Precisamos que algumas coisas se tornem públicas no projeto do BC para resolver esses problemas, mas ele pode ser resolvido. Já existem soluções de identidade on chain acontecendo nos blockchains públicos em relação às quais podemos nos inspirar”, garantiu.

Os outros projetos apresentados hoje foram o de microcrédito descentralizado, da tokenizadora Easy Hash, que permite a emissão por parte de empresas que estruturam o crédito diretamente na plataforma. “Criamos todo o conceito da infraestrutura em blockchain e trabalhamos sobre um caso de tokenização de microcrédito, com ferramentas de diluição e fracionamento, e também a criação de portfolios, ou Hash Funds”, descreveu Celso Jungbluth, fundador e presidente da Easy Hash.

A AmFi apresentou seu projeto de redução de custos e complexidade no uso de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) através da utilização de smart contracts. João Pirola, CPO e cofundador da fintech, explicou que o projeto utilizou stablecoin para atualizar a carteira de CCBs em tempo real e com rastreabilidade on chain.

Reduz o custo de disponibilização. O que construímos segue requisitos de KYC no onboarding da pessoa jurídica. Nosso público alvo são bancarizadores ou fintechs.”

Já a DeLend apresentou uma solução de crédito descentralizado para viabilizar a captação de recursos por parte de pequenos estabelecimentos, como lojas e oficinas mecânicas, por meio da tokenização de recebíveis, que podem ser convertidos em NFTs (tokens não fungíveis) financeiros, para investimento nos chamados pools de liquidez.

Mais recente Próxima Palmeiras lança token com a Socios.com depois de mais de um ano de planejamento
Tudo sobre uma empresa
Acesse tudo o que precisa saber sobre empresas da B3 em um único lugar! Dados financeiros, indicadores, notícias exclusivas e gráficos precisos - tudo para ajudar você a tomar as melhores decisões de investimento
Conheça o Empresas 360

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Fundador da Greenlight Capital afirma que “boom” de investimentos passivos, como ETFs, solapou tradicional estratégia utilizada por Warren Buffett e Benjamin Graham de buscar ações de valor que estejam descontadas

Einhorn diz que os mercados estão ‘quebrados’. Aqui está o que os dados mostram

Rio Grande do Sul representou 12% do faturamento do setor em 2023 e responde por 11% das exportações de peças e 8,1% dos empregos do setor

Fábricas de autopeças em Porto Alegre e redondezas foram afetadas pela enchente e estão paralisadas

Xi teria pedido ao governo húngaro para “liderar” as relações dos países da Europa Central e Oriental com a China

Xi elogia política externa “independente” da Hungria

PL e o PT recorreram à Corte contra decisão TRE-PR que absolveu o senador das acusações de abuso de poder econômico e uso de caixa dois durante a campanha pré-eleitoral de 2022

MP Eleitoral se posiciona contra cassação de Moro no TSE

Lista inclui os 336 municípios e medidas envolvem também ações da AGU, BC e PGFN

Saiba quais cidades do RS estão em estado de calamidade pública e vão ter IR prorrogado

Até 2032 os EUA podem produzir 28% de todos os chips mais avançados, enquanto a China deverá produzir apenas 2% dos semicondutores de mesma categoria

China irá produzir 2% de todos os chips avançados do mundo até 2032, segundo relatório

O comunicado sai após o fechamento dos mercados, portanto a sessão de hoje tende a ser de cautela entre os ativos locais

Dólar e juros futuros sobem seguindo exterior e com investidores de olho no Copom; Ibovespa zera perdas

A medida foi tomada após avaliação da Diretoria Colegiada da autarquia sobre a necessidade de ampliação do prazo

Previc adia por 60 dias prazo para que fundos de pensão com sede no RS entreguem obrigações legais

O Guaíba ainda está mais de 2 metros acima do limite de inundação, que é de 3 metros

Nível do Guaíba desce 14 centímetros e é o menor desde sábado

Presidente do BC participou da abertura do evento de 500 dias da lei de câmbio e capitais internacionais

Nova lei cambial permitiu viabilização de novos modelos de negócios, diz Campos Neto