O ex-presidente Michel Temer foi contratado pelo Google para auxiliar na negociação da PL das Fake News, responsável por regular plataformas e mídias sociais no Brasil. 

A informação vem da Folha de São Paulo, que obteve a confirmação do ex-mandatário, dizendo que está há cerca de três semanas atuando na “mediação” entre a empresa e os parlamentares.

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A atuação de Temer até agora

  • Conforme relata o jornal, o ex-presidente esteve com o relator do PL 2630/2020, Orlando Silva (PC do B-SP), para discutir pontos da proposta;
  • Nas conversas com Orlando Silva, Temer apresentou a visão da big tech sobre o PL, principalmente sobre a parte do texto que propõe o aumento da responsabilização das plataformas na moderação das publicações de usuários;
  • Michel Temer foi proativo e se mostrou disposto a ajudar nas negociações;
  • Ainda não há conversas com ministros do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o ex-presidente;
  • O ministro Alexandre de Moraes foi indicado por Temer ao STF e é um dos principais defensores do aumento da responsabilização das plataformas no país;

Em nota enviada ao jornal, a assessoria do Google afirmou o seguinte:

Assim como outras empresas e entidades, contratamos agências e consultores especializados para ajudar na mediação dos nossos esforços de diálogo com o poder público para podermos levar nossas contribuições a políticos e parlamentares, especialmente, em questões importantes e técnicas como a construção de novas legislações.

Google, em comunicado.

Google e o PL das Fake News

  • No início de maio, o Google fez uma campanha na página principal de seu buscador contra o PL;
  • A big tech promovia a postagem do blog com o título “PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. O texto foi escrito pelo diretor da empresa no Brasil, Marcelo Lacerda;
  • Após medida cautelar do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Google removeu o link, que era veiculado na página principal do buscador;
  • O Supremo Tribunal Federal abriu um inquérito para apurar a conduta do Google e do Telegram — que também propagou ativamente uma campanha contra o PL;
  • Uma reportagem do Estadão revelou que o Google atuou para que deputados mudassem seus votos sobre a urgência de votação do PL. Confira mais informações na matéria completa;
  • O Projeto de Lei n° 2630 de 2020 ainda tramita da Câmara dos Deputados.

Com informações de Folha de São Paulo.

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