Notes
Ataulfo Alves, cantor e compositor mineiro de verdade- Sambista de Prima“Para você matar o samba / Tem que me matar primeiro”.Nascido em Miraí (MG), no dia 02 de maio de 1909, e falecido no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1969. Fez parte da geração de ouro do samba brasileiro. O compositor Alcebíades Barcelos, o Bide, o levou para a Victor, onde logo gravou com Carmen Miranda. Com Bide ele fez: Não Voltou mais a mulher Fingida, Não mande em Mim e Ironia.Aos vinte anos, começou a compor e tornou-se diretor de harmonia do bloco "Fale Quem Quiser".Em 1923, entrou na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte e se formou em 1925, mas não exerceu a profissão.Criador dos sambas mais populares: “Ai que saudades da Amélia”, “Atire a primeira pedra”, “O bonde de São Januário”, “Mulata assanhada” e o nostálgico “Meus tempos de criança”Com Claudionor da Portela, ele compôs em 1937: O Prazer é todo meu; Errei, erramos.Sei que é covardia, com Claudionor Germano, fez muito sucesso no carnaval de 1939“O samba é o meu riso, minha lágrima, minha reza e minha vida” (Ataulfo Alves, Sambistas Imortais, Muniz Jr)Parceiro dos grandes compositores Mario Lago, Assis Valente, e outros. Deixou cerca de 400 músicas gravadas. São famosas as suas apresentações com as Pastoras. Itamar Assunção que o homenageou, criou o coral da Valquírias,Oriundo do sertão mineiro e descendente de um violeiro cantador, Ataulfo incorporou à sua música influências da toada rural, daí resultando a cadência arrastada e um certo jeito dolente e melancólico que a caracterizam!Um dos homens mais finos e elegantes de seu tempo. Ibrahim Sued o incluiu em sua lista dos "dez mais”.Meus Tempos de Criança / Ataulfo AlvesComposição: Ataulfo AlvesEu daria tudo que eu tivessePra voltar aos dias de criançaEu não sei pra que que a gente cresceSe não sai da gente essa lembrançaAos domingos, missa na matrizDa cidadezinha onde eu nasciAi, meu Deus, eu era tão felizNo meu pequenino MiraíQue saudade da professorinhaQue me ensinou o beabáOnde andará MariazinhaMeu primeiro amor, onde andará?Eu igual a toda meninadaQuanta travessura que eu faziaJogo de botões sobre a calçadaEu era feliz e não sabia...João da Mata CostaDamata Costa
