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    Lula critica gastos com guerra enquanto “milhões” passam fome

    Presidente diz que foco do Brasil na presidência do G20 será combate à fome e questões climáticas

    Presidente reforçou que, durante a presidência brasileira do G20, irá lançar luz sobre as necessidades do Sul Global
    Presidente reforçou que, durante a presidência brasileira do G20, irá lançar luz sobre as necessidades do Sul Global 05/11/2023 REUTERS/Adriano Machado

    Leonardo Ribbeiroda CNN

    em Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (17), que os países do Hemisfério Sul serão os mais afetados pela mudança do clima, mesmo sem serem responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa. A afirmação foi feita durante abertura da cúpula virtual “Vozes do Sul Global”.

    “Quando falei da tribuna da Assembleia-Geral da ONU, em setembro, propus que assumíssemos a redução das desigualdades como nosso objetivo-síntese. Caso contrário, o abismo entre países ricos e pobres só irá crescer. […] Seremos os mais afetados pela mudança do clima, mesmo que não tenhamos sido, historicamente, os maiores responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa”, afirmou.

    Lula também fez críticas aos gastos com guerras, enquanto “milhões de pessoas” passam fome no mundo. Nesse contexto, o presidente reforçou que, durante a presidência brasileira do G20, que se inicia em dezembro, irá lançar luz sobre as necessidades do Sul Global.

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    “Dedicaremos forças-tarefas especiais ao combate à fome e ao enfrentamento da mudança do clima, as duas maiores urgências do nosso tempo. Na COP30 – que sediaremos no coração da Amazônia –, insistiremos para que países desenvolvidos assumam metas mais ambiciosas e cumpram seus compromissos”, completou.

    O presidente apontou ainda que as tragédias humanitárias evidenciam a falência das instituições internacionais, uma crítica ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

    “Por não refletirem a realidade atual, elas perderam efetividade e credibilidade”, disse Lula, ao reiterar que as soluções propostas nessas instâncias são frustradas pelo direito de veto.

    “Precisamos resgatar a confiança no multilateralismo. Precisamos recuperar nossas melhores tradições humanistas. É preciso restituir a primazia do direito internacional, inclusive o humanitário, que valha igualmente para todos, sem padrões duplos ou medidas unilaterais”, concluiu.