Poetas geniais, espíritos sérios de cara rosada — vocês deram ao mundo algumas delícias escolhidas, fragmentos de linguagem exibidos como se exibe uma costeleta e um Jubileu de cerejas. Adeus, adeus, não me importo se nunca mais provar a vossa comida refinada, companheiros neutros, videntes de ambos os lados. Tolerância, que crimes são cometidos em teu nome. E vocês, boas mulheres, padeiras do pão mais doce, dadoras de sangue. As vossas migalhas sufocam-me, não quereria uma gota do vosso sangue em mim, é bombeado por corações fracos, pulsos perfeitos que nunca vacilam: insensíveis ao pesadelo da realidade. São os meus irmãos, as minhas irmãs, cujo sangue jorra e pára para sempre porque vocês optam por acreditar que não é da vossa conta. Adeus, adeus, os vossos poemas fecham as suas pequenas bocas, as vossas broas ganham bolor, um abismo separou a terra entre nós, e vocês não acenam, estão a olhar para o outro lado. Não nos encontraremos novamente — a menos que o saltem, deixando para trás os amados vermes da vossa imparcialidade, das vossas pálidas ironias, do vosso equilibrado, jovial, assassino, subtilmente humorístico julgamento... então, como as nossas lágrimas fanáticas correriam e se juntariam de alegria...
Comments
No posts