Por favor, faça uma lista de filmes que não podemos deixar de assistir. Fui buscar suas indicações soltas que você fez no twitter e gostei de todas. - GUILHERME ANDRADE
Caro Guilherme, seu desejo é uma ordem. Aqui vai:
(1) LAWRENCE DA ARÁBIA (David Lean, 1962): Podem colocar à vontade “Cidadão Kane”, de Orson Welles, como o melhor filme já feito, mas, para o meu coração, este posto vai para o épico de Lean, que já tinha feito obras-primas como “Desencanto” (1945) e “A Ponte do Rio Kwai”(1957), mas somente aqui conseguiria atingir a perfeição, com uma ajuda de uma interpretação em estado de graça de Peter O’Toole.
EYES WIDE SHUT (Stanley Kubrick, 1999): Sim, Kubrick fez trabalhos mais perfeitos, como “2001 – Uma odisseia no espaço” (1968) ou “Barry Lyndon” (1975), porém é no seu último filme que ele mostra que, por trás de todo o seu pessimismo sobre o ser humano, ainda batia um coração.
(2) A ÉPOCA DA INOCÊNCIA (Martin Scorsese, 1995): Scorsese sempre é lembrado por seus impecáveis e divertidos filmes de gangster, por suas reflexões angustiadas sobre a fé, mas, na verdade, é neste filme que ele se revela tal como deve ser no seu dia-a-dia: um romântico incurável, mas implacável ao perceber que as emoções não têm mais chance em um mundo como nosso.
O PODEROSO CHEFÃO PARTE III (Francis Ford Coppola, 1991): Os dois primeiros Chefões são sublimes, sem dúvida, mas o terceiro exemplar tem algo que eles não possuem: os 40 minutos finais mais devastadores da História do Cinema e que terminam com um dos retratos mais impressionantes da dor de perder um ente querido.
A ÁRVORE DA VIDA (Terrence Malick, 2011): Ainda chegará o dia em que nós perceberemos o surgimento deste filme nas nossas vidas com o mesmo impacto que o mundo recebeu, em 1922, a publicação de “The Waste Land”, de T.S. Eliot.
(3) PICKPOCKET (Robert Bresson, 1959): Bresson fez para o cinema o mesmo que Picasso fez para a pintura, com a diferença que, no longo prazo, Bresson é melhor do que Picasso.
THE NIGHT OF THE HUNTER (Charles Laughton, 1951): Nosso Senhor, se algum dia me deres a chance de dirigir um único filme na vida, que seja com a mesma qualidade desta obra-prima única de Charles Laughton, que depois não precisou fazer mais nada na vida como diretor, tamanha a perfeição alcançada.
(4) AURORA (F.W. Murnau, 1927): Murnau foi o único diretor de cinema que conseguiu dominar a natureza – algo que só encontraria equivalente na filmografia de Terrence Malick.
CONTOS MORAIS (Eric Rohmer, 1959-1975): De todos, o meu favorito é “Minha noite com ela” (1969), brilhante meditação sobre as nossas tentações, mas todos os outros são impecáveis, com especial menção a “O Joelho de Claire” (1971) e “O Amor à Tarde” (1975).
DUAS INGLESAS E O AMOR (François Truffaut, 1975): Truffaut faria uma série de obras-primas do cinema, mas esta é, como “A Época da Inocência”, de Scorsese, aquela em que se mostra no seu íntimo.
LA DOLCE VITA (Frederico Fellini, 1961): A cena final deste filme ainda me perturba em alguns sonhos e pesadelos que tenho.
IL GATTOPARDO (Luchino Visconti, 1962): Visconti adaptando a obra-prima de Lampedusa e criando uma segunda obra-prima, desta vez com uma ajudinha de Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.
(5) O SACRIFÍCIO (Andrei Tarkovski, 1988): A melhor utilização de Bach na história do cinema.
FAUSTO (Aleksandr Sokurov, 2012): Sokurov resume para nós, em duas horas e meia, a história da nossa servidão voluntária.
TRINTA ANOS ESTA NOITE (Louis Malle, 1962): Malle é o único sucessor de Robert Bresson e, neste filme, alcança uma pureza de imagem e de ritmo que jamais conseguiria recuperar nas películas seguintes, mesmo tendo uma obra rigorosa e impecável (como prova o subestimado e sublime “Perdas e Danos”, de 1992).
UM CORPO QUE CAI (Alfred Hitchcock, 1958): A obra-prima de um homem obcecado em fazer obras-primas.
(6) OS VIVOS E OS MORTOS (John Huston, 1989): Em seu último filme, Huston prova que é capaz de adaptar qualquer grande obra literária para o cinema. O monólogo final, declamado por Donal McCann, faz qualquer um chorar e pedir misericórdia.
A MARCA DA MALDADE (Orson Welles, 1957): O melhor filme do gênio, com o maior plano-sequência já feito.
OS INTOCÁVEIS (Brian De Palma, 1988): Toda vez que eu revejo este longa é como se fosse voltar a falar com um velho e querido amigo.
SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (Peter Weir, 1990): Não há como você resistir àquela cena final.
A MOÇA COM A VALISE (1959) & A PRIMEIRA NOITE DE IMORTALIDADE (1971), ambos de Valério Zurlini: O cinema italiano teve gigantes como Visconti, Fellini e Rossellini, mas talvez o melhor de todos seja Zurlini, que fez obras primas em segredo e que só agora começam a ser redescobertas.
(7) THE RED SHOES (Michael Powell & Emeric Pressburger, 1959): O melhor filme já feito sobre o que é o desejo mimético.
A FRATERNIDADE É VERMELHA (Krystof Kieslowski, 1997): Junto com “Cortina de Fumaça” (1997), de Wayne Wang e Paul Auster, é o maior longa já feito sobre coincidência, acaso e os pequenos milagres que acontecem nas nossas vidas.
MAGNOLIA (Paul Thomas Anderson, 1999): Este filme fala sobre todos os temas anteriores na obra de Kieslowski, mas há algo mais que o torna especial: raras vezes o cinema mostrou o fenômeno da sincronicidade – uma das minhas obsessões –, com uma perícia cinematográfica que ainda impressiona.
ERA UMA VEZ NA AMÉRICA (Sérgio Leone, 1982): Coppola e Scorsese que me perdoem, mas Leone fez o definitivo filme de gangster, desta vez disfarçado em uma triste história do fim de uma amizade.
THE SEARCHERS (John Ford, 1959): A obra-prima de um gigante que tem mais obras-primas do que qualquer diretor de cinema.
RED RIVER (1948) & RIO BRAVO (1959), ambos de Howard Hawks: Hawks era o único diretor que John Ford respeitava. Precisa dizer mais alguma coisa?
(8) SUNSET BOULEVARD (1951), SOME LIKE IT HOT (1959) & THE APARTMENT (1961), todos de Billy Wilder: Há alguns anos, o diretor espanhol Fernando Trueba declamou, em plena cerimônia do Oscar, que Billy Wilder era Deus. Não é para tanto, mas, ao ver estes três filmes, ninguém pode negar que ele tinha um talento infinito para descobrir o ridículo e o insólito no comportamento humano.
A MALVADA (Joseph L. Mankiewicz, 1951): Talvez o roteiro mais perfeito já filmado em Hollywood, com uma direção sofisticada e uma Betty Davis em estado de graça.
THE INSIDER (Michael Mann, 1999): Billy Wilder fez uma obra-prima sobre o jornalismo, “A Montanha dos Sete Abutres” (1953), mas Michael Mann injeta uma dose a mais de emoção e nobreza neste filme que exibe um Al Pacino em toda a sua glória.
RAN (Akira Kurosawa, 1984): Kurosawa chega perto de melhorar a peça de William Shakespeare. Poucos conseguem fazer isso.
(9) MANHATTAN (Woody Allen, 1977): Allen faria outros filmes impecáveis e adoráveis, mas este é único porque tem Gershwin e uma Mariel Hemingway que nos faz imaginar como seria a sua versão de Lolita.
CANTANDO NA CHUVA (Stanley Donen & Gene Kelly, 1955): O filme perfeito para você renovar a sua vida na noite de Réveillon.
INVENTION OF LIFE (Douglas Sirk, 1958): Uma aula de melodrama, tão perfeito que seu título virou inspiração indireta para uma canção do R.E.M.
HARRY & SALLY (Rob Reiner, 1988): O único filme romântico que chega aos pés de qualquer comédia romântica de Woody Allen.
A PLACE IN THE SUN (George Stevens, 1951): Stevens dirigiu três pérolas da cinematografia de Hollywood – esta, “Shane” e “Assim caminha a humanidade” -, mas este é o filme em que raras vezes a mão do destino se mostrou tão lírica e cruel.
THE IMMIGRANT (James Gray, 2013): Gray cita Coppola e Leone nos primeiros minutos do seu filme, mas depois parte para o Visconti e o Dostoievski que moram no seu coração e faz uma das películas mais arrasadoras sobre os tormentos de se alcançar a redenção da sua alma.
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD (Andrew Dominik, 2008): Talvez o melhor filme da década passada, junto com “There will be blood”, de Paul Thomas Anderson, e também uma meditação melancólica sobre como uma amizade pode terminar na pior das traições.
A REGRA DO JOGO (Jean Renoir, 1939): Uma aula de como movimentar uma câmera no meio de uma caçada e no meio de uma festa que termina em tiroteio.
MYSTIC RIVER (Clint Eastwood, 2003): Clint faria inúmeros filmes impecáveis em sua longa carreira como diretor, mas poucos atingiram essa densidade em que estamos assistindo uma tragédia grega diante dos nossos olhos.
PHANTOM THREAD (Paul Thomas Anderson, 2018): Você nunca mais comerá uma omelete da mesma maneira.
OPPENHEIMER (Christopher Nolan, 2023): O mundo assombrado pelas visões de um universo oculto e por um poder que permanece nas sombras.
(10) SUPERMAN, O FILME (Richard Donner, 1977): Por mais que Christopher Nolan queira, este ainda é o maior filme de super-herói já feito.
TRILOGIA INDIANA JONES (Steven Spielberg, 1981-1989): Sim, você leu direito: eu não considero os péssimos quarto e quinto filmes da série como partes integrantes desse ciclo fantástico de aventuras que nos faz redescobrir, a cada revisão, a criança que existe dentro de nós.
O ENIGMA DA PIRÂMIDE (Barry Levinson, 1986): Sherlock Holmes antes da cocaína.
CASSINO ROYALE (Martin Campbell, 2007): Como um todo, a série 007 faz parte do meu imaginário sentimental, mas este filme é o início de uma fase que privilegia uma fidelidade aos livros de Ian Fleming que não havia nas versões de Roger Moore e Timothy Dalton.
O FUGITIVO (Andrew Davies, 1998): O filme de aventura como uma travessia para a redescoberta da verdadeira identidade.
PULP FICTION (Quentin Tarantino, 1994): O virtuosismo técnico do nerd de videolocadora.
I’M NOT THERE (Todd Haynes, 2008): Bob Dylan versão 8 1/2 de Fellini.
L.A. CONFIDENTIAL (Curtis Hanson, 2002): O filme que finalmente mostrou ao mundo (e me apresentou) o universo maravilhoso de James Ellroy.
O EXORCISTA (William Friedkin, 1971): O maior filme católico já feito.
BLACK HAWK DOWN (Ridley Scott, 2001): Scott mostra o que é a guerra com uma crueza que só é comparável aos filmes de Kubrick e Samuel Fuller.
THE FLY (David Cronenberg, 1988): O corpo como um veículo para a doença que é a vida. Parece niilismo, mas é só realismo – e dos bons.
SEVEN (David Fincher, 1999): Um dos finais mais perturbadores e mais belos já filmados no cinema americano.
MULHOLLAND DRIVE (David Lynch, 2002): Lynch levando Luis Buñuel às últimas consequências.
INSÔNIA (Christopher Nolan, 2003): A ultima cena resume o que seria o cinema de Christopher Nolan e mostra a ultima grande interpretação de Al Pacino (adendo: superada depois por o que ele fez em “O Irlandês” [2019], de Martin Scorsese).
Bom dia, caro Martim.
Estava lendo o seu ensaio "(Re)Fluxo Cultural #5" (excelente, diga-se de passagem) do qual você reflete sobre a incompreensão dos engenheiros do ChatGPT concernente ao "oceano" infinito de possibilidades de nossa mente, de modo que, a partir dessas infinitas possibilidades, é possível, pois, a criatividade; ao passo que na questão dos artistas radicais chiques do Leblon, você traz à tona a total inépcia destes quanto ao soçobramento cultural da qual eles são os principais feitores, porque se submetem ao engessamento cognitivo de uma ideologia deveras misóloga. Se caso interpretei errado o que você sintetizou, por gentileza, me corrija.
Eis a questão. Quando você diz que o ChatGPT está crescendo em intencionalidade, você estava sendo irônico, não é? E quanto ao aprendizado do ChatGPT da linguagem parnasiana contemporânea, cuja consequência será a demolição desses artistas que perderam o "brilho" dionisíaco (sei lá se essa analogia foi boa, mas dane-se), o que se segue é uma compreensão totalmente abstrata dos engenheiros do ChatGPT quanto a linguagem. Abstrata no sentido que escamoteia aquele "oceano" indeterminado que erige e fundamenta a criatividade. Assim, será que a incompreensão (em minha opinião errada porque, a partir de leituras da filosofia da mente, a linguagem é um instrumento de nossas representações mentais - ou seja, a semântica que produzimos em nossa mente - que fazem com que tenhamos direcionalidade às coisas - algo eivado de acepções que uma máquina nunca terá) é em razão dessa perda, talvez, contemporânea de criatividade, de movimento dionisíaco, dando a impressão que, dado que a linguagem vem ficando mais matematizada e a criatividade perdendo o tônus, tanto a linguagem, a cognição e, sobretudo, a criatividade humana parecem ser algo tão "simples" quanto a fazer um software de uma aeronave? – VICTOR BRONGEL
Caro Victor, em primeiro lugar, obrigado por ter gostado do texto.
Em segundo lugar, indo direto ao ponto: não, você não se enganou na sua interpretação do meu texto. Para dizer o famoso slogan que tomei de Hilda Hilst: “Fico besta quando me entendem”.
Em terceiro lugar: não, não fui irônico. O grande problema de um LLM como o ChatGPT é que, sabe-se lá como, ele conseguiu adquirir uma intencionalidade em relação ao modo de usar a nossa linguagem. Por isso que é tão perturbador para todos os seres humanos – especialmente porque, nas últimas décadas, nós perdemos a consciência do que é usar as infinitas possibilidades desta mesma linguagem.
Agora, se essa intencionalidade de um LLM é semelhante ao que o ser humano já conquistou no passado, isto são outros quinhentos. A minha esperança é que o homem (como conceito de humanidade; foda-se o gênero aqui) recupere a dignidade da linguagem e entenda que ela é a única forma que temos para descrever e exprimir a dolorosa ambiguidade do real.
Caro Martim,
Se este circo ainda estiver armado, gostaria de compartilhar uma dúvida que me assombra ao respeitável público.
Como estudante da graduação, busco sempre ampliar meus conhecimentos técnicos e fortalecer meus preceitos éticos. Mas, como estudante da graduação no Brasil, a cada 4 pensamentos, 3 são dúvidas quanto ao futuro (ser ridiculamente remunerado para exercer atividades especializadas que 99% da população não faz ideia de como exercer), e o pensamento que sobra é sempre permeado com uma vontade de ir-me embora pra Pasárgada, de buscar um lugar para ser amigo do rei. Mas este lugar não existe – e é justamente aí que mora meu questionamento.
Primeiramente, é nítido que esta bodega que insistem em chamar de país está em frangalhos. Melhor: ela *é* um frangalho. Não sei como as pessoas não conseguem ver isso, é claro como a luz do dia. Nossa democracia simplesmente ruiu no dia do seu nascimento (sério, para o quê serviu 88 a não ser para autorizar e legalizar o patrimonialismo tupiniquim? O que são as eleições se não sucessivos golpes disfarçados?). Mas o pior de tudo isso é a espiral infernal da qual parece que jamais sairemos: suicídio atrás de suicídio; nunca a revolução proclamada, nunca a Jerusalém que desceria.
Enfim, para me encurtar e ser direto ao ponto: para nós, pequenas formiguinhas, existe algo que realmente podemos fazer? Existe como mudar nossa realidade, nosso ‘país’?
Ademais, se puder também me indicar leituras que me ajudem a lidar com o peso das nossas responsabilidades individuais, seria grato.
Precisava muito mesmo compartilhar isso, agradeço o espaço e a atenção.
P.S. Mas, se nós não pudermos ser o hobbit que levará o anel aos lagos de fogo da Montanha da Perdição, que possamos viver uma vida de paz, humilde, mantendo nossos olhos fitos em Algo maior, praticando o Dom Supremo. – ISAQUE VOSNIAK
Caro Isaque, parabéns pelo seu realismo ao encarar a verdade sobre o que é o Brasil.
Porém, para ser um realista de fato, é fundamental você transcender essa marmita onde nos encontramos.
E como fazer isso?
Bem, a primeira coisa que você precisa fazer é abandonar qualquer desejo de querer mudar a realidade – e, portanto, o país onde mora (especialmente se for o Brasil).
Ninguém muda a realidade. Ela é o que é. Ponto. Kaput. Finito.
Agora, o que você pode fazer é mudar a si mesmo, de preferência dentro do que se passa na sua alma. Você ainda não sabe, mas há um mundo todo a ser explorado ali.
E, com isso, entender que você pode ajudar as pessoas ao seu redor e auxiliá-las a mudarem também. E este feito será a coisa mais complicada do mundo que você fará na sua vida porque o ser humano, quando muda, geralmente é para pior.
Contudo, não se pode perder a esperança, nem consigo mesmo, nem com os outros.
A liberdade interior, a que fundamenta todas as outras liberdades, é o seu maior patrimônio – e você precisa defendê-la contra todas as forças perversas que desejam a destruição dela.
Para isso, o que eu sugiro de leitura?
Agora, não sugiro nada. Na verdade, até sugiro algo, sim – no caso, a lista de filmes que publiquei acima. Se essas obras de arte me salvaram de muitas enrascadas que me meti no passado, devem te ajudar também.
Depois falaremos de livros e outras coisas.
Portanto, meus leitores, não se esqueçam de
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Vejam a lista dos próximos ensaios exclusivos:
Setembro – As mulheres e suas artimanhas [será publicado no dia 22/09]
Outubro – Vida e obra de Ariano Suassuna
Novembro – Vida e obra de Graciliano Ramos
Dezembro – Como vencer no “mercado das ideias”
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- Como aprendemos a amar a bomba atômica [na verdade, eu escrevi este texto e já o publiquei; você pode lê-lo aqui.]
- A perfeita aliança entre catolicismo e a homossexualidade;
- Frank Zappa e a trilha-sonora do nosso futuro
Observação muito importante: se a meta de 200 assinantes a pagarem R$ 10,00 por mês não for atingida, esses textos não serão feitos sob nenhuma hipótese.
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Atualização (31/03/2023): o problema continua e, se for assim, vocês não vão receber os três textos citados acima
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